express train

Sábado, pouco antes da meia noite, dia dos namorados, eu estava no metrô
não, eu não sai pra catar alguma menininha desesperada pra dormir com alguém depois de uma balada.. eu estava voltando pra casa, sai apenas pra tomar um café na paulista e observar o carinha que fica tocando guitarra na frente do shopping 3, ali ao lado da Augusta.
Na verdade eu liguei pra May pra chamar ela pra tomar um café comigo, foi muito bom por sinal, além de ter uma amiga junto pra conversar (coisa bastante difícil, visto que minha garganta não consegue pronunciar um som sequer esses últimos dias.. rouco.. bastante) liguei numa hora bastante oportuna, no momento em que ela se lamentava por ter capotado o carro do amigo.. =p
Nosso café (ah.. a Silmara também estava junto) durou a noite toda.. conversamos bastante e a noite foi muito engraçada, voltei pra casa com uma sensação animal de estar vivendo cada dia mais o momento no timing certo. é bastante difícil conseguir absorver as coisas com a intensidade e conteúdo que elas realmente possuem, digo, normalmente criamos um filtro pra absorver somente as informações que desejamos, caminhamos na rua e prestamos atenção apenas nas coisas que são relevantes, mas será que elas são realmente relevantes?
Às vezes eu me sinto como se estivesse ignorando muita coisa ao meu redor, como uma maquina fotográfica que abre o obturador por tanto tempo pra captar mais informação que termina registrando uma foto em branco..
Aquela noite tinha um ar perfeito, leve, impregnado de luz e paixão, algo impossível de perceber tão facilmente em outra cidade que não São Paulo. normalmente as pessoas correm muito, naquela noite parecia que todos estavam caminhando naturalmente num passeio noturno. eu percebi que as pessoas não corriam pra pegar o trem que acabava de parar no andar de cima na estação paraíso como o de costume, simplesmente subiram na velocidade da escada rolante, ou outras como eu subiam a pé pela escada fixa de concreto. e durante aqueles cinco minutos em que eu esperava o próximo trem percebi que as pessoas sorriam, conversavam e estavam calmas.
Lembrei que essa semana eu li algo interessante, algo tipo “não é o mundo que muda você, você é que muda o mundo” (lembram da cena da colher em matrix?) vai ver as pessoas sempre andaram devagar e respiraram calmamente, eu é que nunca tinha percebido `;D
Fiquem com um desenho que eu fiz algum tempo atrás baseado numa foto que vi na internet e com um mp3 que fala bastante do que eu tentei escrever aqui..
=]

Paper Boats – Nada Surf

Espero que gostem da música e do desenho
boa semana a todos.